terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Liderança vem do Sangue ou da Vida?


Freqüentemente, vejo algumas pessoas definindo a Liderança como uma forma de dominação, ou controle, baseada no prestígio e aceito pelo liderado. Mas, com a evolução das teorias que estudam a liderança, levando-se em consideração as situações, a figura do líder, e mesmo as relações entre líder e liderados, este conceito vem mudando, e liderança passa a ser não apenas dominação ou controle, mas um papel assumido, conscientemente ou não, pela pessoa do Líder.

O Brasil e o mundo vêm enfrentando diversas mudanças, as quais influenciam diretamente as pessoas e o trabalho. As empresas lutam cada vez mais por processos que as coloquem em um patamar de competitividade, mantendo-as no mercado, o que exige ainda mais de seus Líderes. Os custos foram reduzidos ao máximo, as estruturas foram modificadas e as horas trabalhadas aumentaram. O mercado está cada vez mais exigindo dos líderes, pois eles são peça chave em qualquer implementação da Estratégia Empresarial.

O mundo moderno e competitivo exige que as empresas não tenham apenas um bom gerente, mas líderes capazes de alcançar e promover mudanças no ambiente organizacional atingindo maior produtividade, integração interna e competitividade externa. Atualmente, são consensos que o conhecimento e o capital humano são os fatores críticos de sucesso de uma Organização. Mais que isso, talvez o investimento nestes fatores seja condição de sobrevivência das organizações no contexto moderno.

Qualquer pessoa tem potencial para ser um líder, mas precisa realmente querer e atentar para as experiências da vida em que “precisasse tomar uma decisão”, pois a ATITUDE REFLETE A LIDERANÇA! Atualmente, liderança é encarada não mais como uma característica apenas, mas como um comportamento e, como tal, é algo que pode ser aprendido. Contudo, acredito que algumas pessoas desenvolvem, em sua primeira infância, características de personalidade que vão determinar seus comportamentos pelo resto de suas vidas. Dentre elas, a ambição que faz com que apreciem a competição que lhe possibilitem o destaque das demais e que gostem e procurem oportunidades de assumir o controle e o comando das coisas e das outras pessoas. Por exemplo, percebi que minha liderança começou a se evidenciar nos tempos do colégio, quando eu sempre gostava de formar as equipes de trabalho em sala, gostava de me colocar a disposição da professora para ler os textos passados, pelas dificuldades que passei em minha vida e me superei, enfim, pela minha própria história de vida, e isso pode acontecer com qualquer pessoa. Para algumas pessoas, pode se dizer que ‘liderança’ é algo ‘nato’ (ou quase), mas outros componentes são importantes para que consigam liderar, no sentido mais elevado do termo, outras pessoas.

Liderar é a habilidade de você conseguir influenciar, atrair, desenvolver, motivar e reter os melhores talentos em sua equipe. Líder é aquela pessoa que desenvolve nos seus ‘liderados’ a disposição e motivação de querer abrir mão de seus interesses pessoais para seguir a direção dada pelo LÍDER, com letra maiúscula. Para esta letra ser maiúscula, outras características de personalidade como a sensibilidade interpessoal e a responsabilidade ética, além da competência técnica no que gerencia, são fundamentais. Algumas delas são ‘natas’ – tem a ver com personalidade e caráter, e outras, são aprendidas em cursos. Quem não dispõe destas características natas será requerido um esforço maior para desenvolver-se como líder, mas nunca impossível.

O que precisamos refletir é que a Liderança não é um conjunto fechado de características, havendo uma série de nuances. Mas uma coisa é certa, a principal característica dos líderes é a existência de liderados. Se não há liderados, não há líderes. Para haver liderados é necessário transmitir e obter confiança, pois ninguém segue pessoas nas quais não se deposita confiança.

Uma reflexão que sempre faço é que líder precisará ser Gestor e Líder. Pode-se ser um gestor eficaz, um bom controlador e um gestor justo e organizado e, mesmo assim, não ter as capacidades motivacionais de um líder. Entre os desafios apresentados por um ambiente extremamente mutável à escala global, é se os gestores possuem ou não capacidades de liderança. Qualquer um que aspire a ser um gestor eficaz deve também ter a consciência de que tem de desenvolver suas capacidades de liderança. Gestão é o que fazemos. Liderança é quem somos.

Eu, então, confirmo: a liderança pode ser ensinada e aprendida. Mas isso é para poucos, concluo.


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